(Texto base- Lucas 07:11-17) O verso 12 afirma que Jesus se aproximava da porta da
cidade e viu que saía o enterro do filho único de uma viúva. Notemos a situação
daquela mulher: era viúva, ou seja, o marido já havia morrido. O filho único
que possuía também morrera. Havia sobre aquela mulher uma dupla sentença de
morte: não havia mais casamento; não havia mais maternidade.
Desta forma, uma 3ª sentença de morte viria sobre ela:
não havia mais esperança, não havia mais sonho, não havia mais vida! Quantas
situações de morte vivemos hoje? Aquela viúva tinha 2 situações já
concretizadas e outras que ainda viriam, decorrentes das primeiras, isso se não
fosse o encontro que teve com Jesus.
É interessante notarmos que quando Jesus se aproximou,
houve o encontro de duas multidões diferentes: 1- A multidão que seguia o Cristo
chamada de grande multidão ( pessoas de várias regiões); 2-A multidão que
seguia a viúva chamada de grande multidão da cidade. A multidão de Cristo era a que vira os milagres e seguiam-no
em alegria, fé e temor. Enquanto a multidão da viúva era a que representava o
choro, a tristeza, a desesperança- eram dois cortejos distintos- o cortejo do
milagre (a vida); o cortejo fúnebre (a morte).
Nas nossas vidas muitas vezes esses dois cortejos
passam à nossa frente: o do milagre/ o fúnebre.
De qual queremos participar? São tantas as lutas, as pressões, os
problemas, as calúnias, as incertezas da vida. Nosso dia-a-dia é difícil, assim
como era difícil a situação daquela viúva.
O cenário era desolador, pois ela não tinha mais o
marido que a amparava, sustentava, amava. Sua condição material/ financeira não
era das melhores. As viúvas naquela época viviam com muitas dificuldades e para
piorar o único filho em quem apostava para garantir seu sustento, também
falecera. Tornando-se: “mulher com passado triste, presente amargo e futuro sem
esperança.” A bíblia não relata o nome dessa mulher, ela é apenas a viúva de
Naim. Não há nome porque, talvez, essa mulher pode ser qualquer um: eu ou você.
Lembremo-nos que o encontro com aconteceu na porta da
cidade. “Eis que estou à porta e bato” (Apocalipse 3:20). Ele, o Cristo sabia que aquela viúva
deveria superar 3 portas para alcançar a vitória, justamente por isso o
encontro acontece na porta: 1ª porta: a porta da casa dela (lugar desespero); 2ª
porta: a da cidade (lugar do encontro) Jesus estava nessa porta. 3ª porta: a do
cemitério (lugar da definição).
- Se estivermos ancorados na porta da nossa casa, podemos estar vivendo a porta do desespero, do choro, da lamentação,
- Se escolhermos a porta do cemitério, lá é o lugar da definição, onde se enterram sonhos, esperanças, casamentos, etc.
- Se estivermos marchando para a porta da cidade é a saída do nosso universo particular, é a porta em que Jesus está: a casa do senhor (a igreja) é a porta do bom encontro surgindo em nossas vidas!
“E, vendo-a, o senhor moveu-se de íntima compaixão por
ela, e disse-lhe: não chores. E chegando-se, tocou o esquife (e os que o
levavam pararam), e disse: mancebo, a ti te digo: levanta-te”. (versículos 13 e
14). Foram 3 ações decisivas para aquela mulher: Jesus a viu;
Jesus moveu-se; Jesus disse. É necessário que Deus nos veja aqui na terra. Permitamos
que Jesus Cristo enxergue nossa situação. Para isso, saiamos da porta que nós
mesmos construímos, para nos aproximarmos do bom encontro. Em nossas vidas é
assim: Deus é quem dá a última palavra, porque Ele sempre nos vê, compadece-se e diz.
A seguir, Jesus cristo, na contramão das expectativas,
manda o cortejo fúnebre parar, toca o esquife (o caixão) e diz para o jovem: Levanta-te.
Qual de nós tem o poder e a autoridade para parar o cortejo? Ele tem! O Senhor
colocou a mão sobre o cortejo fúnebre em nossas vidas. Ele não vai nos deixar entregues
na mão da morte, porque Ele é a vida.
Prª.: Neli Côndello
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